O mês de junho é considerado um dos mais frios do ano no centro-sul do Brasil. Em junho temos o solstício de inverno no hemisfério Sul que este ano ocorre no dia 20 de junho, às 23h42 pelo horário de Brasília. A diminuição do número de horas de sol, que é marcante neste mês no Sul, em parte do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil, é um dos fatores que ajuda a reduzir e a manter o ar frio no período noturno nesta época do ano.
Temperatura em junho de 2025

Previsão da anomalia de temperatura no Brasil para junho de 2025 (Fonte: Climatempo)
A Climatempo prevê que junho de 2025 terá maior quantidade de dias frios no centro-sul do Brasil, em relação ao observado em junho de 2024. A temperaturas tendem a ficar um pouco abaixo da média em áreas da região Sul, de Mato Grosso do Sul e de São Paulo. Os eventos de geada em junho de 2025 são muito mais prováveis do que no ano ado.
Dois eventos de frio intenso são esperados: na primeira semana de junho e o outro na última semana do mês.
Mas na maioria das áreas do Brasil, junho de 2025 terá a temperaturas um pouco acima da média. Vale lembrar que é uma época de tarde quentes no Centro-Oeste, Norte e interior do Nordeste devido diminuição da chuva e da nebulosidade. A região do Distrito federal e de estados como o Mato Grosso, Goiás, a porção norte de Minas Gerais, oeste da Bahia e sul do Piauí podem experimentar dias com calor acima do normal para esta época do ano.
Chuva em junho de 2025

Previsão da anomalia de precipitação no Brasil para junho de 2025 (Fonte: Climatempo)
O mês de junho também é parte do período normal de seca no país. Historicamente é um mês de pouca chuva no Sudeste, no Centro-Oeste, no interior do Nordeste e também em áreas como Tocantins, o centro-sul do Pará e áreas ao norte do Paraná. A chuva também diminui no sul do Amazonas, Acre e em Rondônia.
Mas junho ainda é época de bastante chuva na costa leste do Nordeste do Brasil. Para junho de 2025 a Climatempo prevê vários episódios de chuva forte entre o Natal e um sul da Bahia. A agem de frente frias e a intensificação da circulação marítima na costa da Bahia deve produzir vários dias com chuva volumosa. Entre Aracaju e Natal, os distúrbios ondulatórios de leste devem trazer eventos de chuva forte, como já aconteceu em maio.
Com o afastamento gradual da zona de convergência intertropical, a frequência da chuva diminui no extremo norte do Brasil. Embora alguns eventos de chuva forte ainda devam acontecer no norte do Maranhão, do Pará, no Amapá, em Roraima e na parte norte/noroeste do Amazonas, a tendência é de que o volume total de chuva em junho fique abaixo da média nessas regiões.
Na maioria das áreas do Sudeste, do Centro-Oeste e do interior do Nordeste, junho de 2025 deve ter um volume de chuva dentro da normalidade e isso significa pouca chuva.
A agem de frentes frias será frequente pelo centro-sul do Brasil, mas poucas vão conseguir provocar chuva no interior do continente. A previsão é de que chova um pouco mais do que o normal no oeste sul de Mato Grosso, sul e leste de São Paulo, sul e leste do Paraná, nas áreas do nordeste, leste e sul de Santa Catarina, no nordeste centro-leste do Rio Grande do Sul. O sul do Rio Grande do Sul deve ter chuva um pouco abaixo da média
Climatologia de junho
O mês de junho é parte do período seco no interior do Brasil. A frequência e o volume de chuva médio são muito baixos em praticamente todas as áreas do Centro-Oeste, do Sudeste, do interior do Nordeste e também em parte da região Norte como Tocantins, no sul e no leste do Pará.
No Sudeste no Centro-Oeste do país é muito comum que o mês de junho tenha vários dias consecutivos sem precipitação. A chuva do mês, em geral, ocorre de forma concentrada em poucos dias e pode até cair em apenas um dia, durante a agem de uma frente fria.
Fenômenos meteorológicos típicos de junho no Brasil
Ar seco
A escassez de chuva faz com que o ar seco predomine ao longo do mês. Baixos índices de umidade no ar, na faixa entre 20% e 30%, são bastante comuns no interior do Brasil durante o mês de junho.
Frio, geada, neve, nevoeiro
Junho é considerado um dos meses mais frios do ano nos estados da região Sul, do Sudeste e no Centro-Oeste. A agem de massas de ar frio de origem polar, de moderada a forte intensidade causam quedas de temperatura muito acentuadas.
Temperaturas abaixo de 0°C são comuns em alguns dias do mês especialmente no Sul e no Sudeste. Eventos de geada também são típicos de junho não apenas na região Sul, mas em áreas do Sudeste e e em Mato Grosso do Sul. Episódios de queda de neve na região Sul também são mais prováveis em junho.
A formação de nevoeiro no começo da manhã também é um fenômeno típico de junho no Sul e no Sudeste, exigindo mais atenção nas estradas e aeroportos.
Grande amplitude térmica e frio de perda radiativa
As madrugadas de junho podem ser frias pela agem do ar frio de origem polar, mas também pelo efeito de perda radiativa. Noites com pouca ou nenhuma nebulosidade são comuns em junho e geram um resfriamento mais acentuado da atmosfera. Isto faz com que as temperaturas fiquem baixas durante a madrugada, mesmo sem a presença de ar frio polar intenso.
Frentes frias
Frentes frias avançam sobre o Brasil em junho causando chuva nos estados do Sul. A maioria das frentes frias que a pelo Sudeste causam chuva especialmente no leste da região, que são áreas próximas do litoral. Algumas frentes frias podem ser continentais (avançam pelo interior do Brasil) e conseguem influenciar o Centro-Oeste, o sul da região Norte e eventualmente o Nordeste. São as frentes frias continentais que espalham o ar frio de origem polar pelo interior do país, causando temperaturas bastante baixas em áreas como o norte de Mato Grosso, o Distrito Federal, Rondônia, Acre e sul do Amazonas.
Chuva no Nordeste e no Norte do Brasil
Junho é um mês de chuva frequente na costa leste do Nordeste, com eventos de chuva forte e volumosa. Além das frentes frias que conseguem avançar pela costa da Bahia, fenômenos como Ondas de Leste trazem chuva volumosa para a faixa litorânea entre Natal e Salvador.
No extremo norte do Brasil, junho ainda é um mês de chuva frequente no Amapá, no norte do Pará, norte do Amazonas e em Roraima.
Mês de grande amplitude térmica
A falta da nebulosidade durante o dia e à noite gera outro fenômeno típico desta época do ano, que é a grande amplitude térmica diária, que significa uma grande diferença entre a temperatura mínima e a temperatura máxima no mesmo dia. Podemos dizer que um dia com grande amplitude térmica tem uma diferença de pelo menos 15°C entre a menor e a maior temperatura de um mesmo dia.